sábado, 5 de dezembro de 2009

Jesus Não é Um Grande Mestre de Moral

"...Lewis argumentava que a alegação de Jesus ser o Messias e de perdoar pecados exclui a possibilidade de não passar de um grande mestre de moral. Nisso ele foi influenciado por Chesterton. Em O Homem Eterno , Chesterton frisava que nenhum grande mestre de moral jamais reivindicou ser Deus – nem Maomé, nem Mica, nem Malaqui, nem Confúcio, nem Platão, nem Moisés, nem Buda: “Nenhum deles jamais fez essa reivindicação... e quanto maior é o homem, menos ele tentaria fazer essa maior de todas as alegações”. Lewis leva mais adiante esse ponto de Chesterton, afirmando que “se você tivesse procurado Buda e perguntado a ele “Você é o Filho do Brama?”, ele teria respondido, “Meu filho, você continua no vale da ilusão”. Se você tivesse procurado Sócrates, perguntando-lhe “Você é Zeus?”, ele teria rido na sua cara. Se você tivesse procurado Maomé, perguntando-lhe “Você é Alá?”, primeiro ele teria rasgado as suas roupas e depois teria cortado a sua cabeça... A idéia de um grande mestre de moral que dissesse o que Cristo disse está fora de cogitação”.


Fonte: “Deus em Questão: C.S.Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida”, Armand M. Nicholi. Jr., pg. 99, editora Ultimato.

4 comentários:

Ricardo Mamedes disse...

É essa é a grande diferença entre todos eles: Jesus é de fato o filho do Deus único. E é também único.

E o melhor de tudo: é também o único caminho para se chegar à salvação.

NEle.

Ricardo

Danilo Neves disse...

Irmão, recentemente li toda a defesa que Lewis faz sobre a existência de Deus através do argumento moral. Ela está no livro "Cristianismo Puro e Simples" (e também em alguns capítulos do livro "Milagres") e parte desse argumento pode ser lido neste link:

http://www.youtube.com/watch?v=Vwtg1LNFdkE

Ele, sem dúvida, foi o maior defensor da fé cristã do século 20 devido a extensão dos seus escritos e de sua boa argumentação! Recomendo a leitura do primeiro livro que citei, caso o irmão não o conheça.

Um abç,Ricardo!

Ricardo Mamedes disse...

Caro Danilo,

Eu tenho o livro e já o li. E de vez em quando releio vários trechos.

Dias atrás até pensei em postar algo sobre o livro; pinçar um texto, fazer um comentário. Vou refletir mais a respeito.

Com relação ao Flávio josefo, sobre o comentário que você fez no meu blog, eu também fiquei surpreso com o seu posicionamento. Todavia, não devemos nos esquecer que no séc. I os judeus ainda traziam uma série de crendices - dependendo da linha, se fariseu, saduceu, etc -, como, por exemplo, a crença em anjos. O próprio editor da obra fez uma nota de rodapé explicando que " É possível que Flávio Josefo, para fazer tal asserção, se tenha baseado em targuns (paráfrases do Antigo Testamento usadas pelos rabinos) (cap. 15, p. 323).

Olha, adquira o livro, pois é uma raridade! Assim como "A história Eclesiástica", de Eusébio de Cesaréia, também muito bom.

Um abraço meu irmão, obrigado pela visita e o comentário no meu blog.

NEle.

Ricardo

Danilo Neves disse...

Adiquiri recentemente o de Eusébio, mas já o História dos Hebreus, resolvi não comprar pq achei muito caro! Gosto muito dessa área de história da igreja também, especialmente a do período patrístico.