segunda-feira, 19 de abril de 2010

Manifestações Do Orgulho (1/3)

“O orgulho é um mal epidêmico. Ele está em todo lugar e se manifesta de muitas maneiras. Por mais que odiemos admitir, todos nós temos orgulho – todos, sem exceção. A questão não é: “Eu tenho orgulho?”, e sim: “Onde ele está?” Quanto dele eu tenho?”

No hebraico, há seis termos diferentes que expressam o conceito de orgulho. Todos eles transmitem a idéia de altivez, imponência, presunção ou rebeldia do “eu”. Na língua grega, as palavras que expressam o orgulho ocorrem em duas categorias diferentes. Um grupo particular de palavras sugere o conceito de “esticar o pescoço” (como se fosse para manter a cabeça levantada, mostrando o que a pessoa pensa de si mesma ou de suas realizações). Significa “magnificar” ou ser “altivo”. A outra categoria no grego dá a idéia de “cegueira” e, de certo modo, sugere a idéia de ser “envolvido por fumaça”... Thomas Watson disse: “O orgulhoso buscar tirar Deus do seu lugar”. Esta frase descreve com certeza o arrogante.

Como dissemos, o orgulho cega a pessoa. Esta é a razão porque, frequentemente, temos dificuldade em ver orgulho em nós mesmos e facilidade em vê-lo nos outros. Eis uma lista de manifestações do orgulho que pode facilmente dissipar qualquer aparência de justiça própria:

1.Queixar-se contra Deus ou lançar críticas sobre Ele. Uma pessoa orgulhosa, em uma situação difícil, pensa: “Vejam o que Deus me fez, depois de tudo o que fiz por Ele” (Números 14.1-4,11; Romanos 9.20).

2.Falta geral de gratidão. A pessoa orgulhosa habitualmente pensa que merece tudo o que é bom. O resultado é que ela não vê nenhuma razão para ser grata por aquilo que recebe. Na realidade, ela pode até se queixar, por se considerar merecedora de coisas melhores. Ela tem a tendência de ser crítica, queixosa e descontente. A pessoa orgulhosa não pratica a atitude de ser grata a Deus e aos outros (2Crônicas 32.25).

3.Uma pessoa orgulhosa é sempre irada. A ira pode se expressar em acessos de raiva, retraimento, amuo ou frustração. Um sinônimo de ira é “mau humor”. O olhar com ira tem sido chamado de “assassino silencioso”. A pessoa geralmente se torna Mateus 20.1-16).

4.Ver a si mesmo com alguém melhor do que os outros. Uma pessoa orgulhosa vê os outros de cima. Ela se torna facilmente ofendida e demonstra pouca tolerância para com as diferenças dos outros (Lc 7.36-50).

5.Ter uma visão exagerada de sua importância, talentos e habilidades. A pessoa orgulhosa tem uma percepção tem uma percepção muito errada de si mesma. Ela necessita de uma dose amorosa de realidade; precisa ouvir: “E que tens tu que não tenhas recebido [de Deus]? (1Coríntios 4.7).

6.Focalizar-se na falta de talentos e habilidades. A pessoa orgulhosa talvez não se considera absolutamente orgulhosa, porque está sempre se considerando melhor que os outros. Mas isto ainda é evidência de orgulho, porque tal pessoa está centralizada em si mesma e deseja que o seu “eu” seja elevado. Ter uma atitude de “ai de mim!” é autopiedade, que implica em orgulho (1Coríntios 12.14-25).

7.Perfeccionismo. A pessoa que se esforça em demasia para ser perfeito, faz isso para obter reconhecimento. Pode também fazê-lo para sentir-se bem consigo mesma, seja qual for a razão, este comportamento é muito orgulhoso e autopromocional. O problema é que o perfeccionismo torna mais importantes as coisas que são menos importantes (Mateus 23.24-28).

8.Falar demais. A pessoa orgulhosa fala muito e faz isso com freqüência porque imagina que tem a dizer coisas mais importantes do que aquilo que outras pessoas têm a dizer. Quando há muitas palavras, o pecado é geralmente inevitável (Provérbios 10.19).

9.Falar muito a respeito de si mesmo. O orgulhoso procura centralizar a conversa em si mesmo.Compartilhar realizações e qualidades pessoais pode ser jactância e ostentação (Provérbios 27.2; Gálatas 6.3).

10.Buscar independência ou controle. A pessoa orgulhosa acha extremamente difícil trabalhar sob as ordens de alguém ou submeter-se a uma autoridade. Ela tem de ser seu próprio patrão e pode até dizer: “Eu não preciso de ninguém”; “Não preciso dar explicações sobre a minha fé ou a minha doutrina”. Ela, frequentemente, é inflexível, teimosa, obstinada e intimidadora. Talvez ela diga: “É do meu jeito ou nada feito” (1Coríntios 1.10-13; Efésios 5.21).



Fonte: Stuart Scott. Do Orgulho à Humildade. Editora Fiel, 1ª edição, pg. 4,5,8-10. 2004.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Ateísmo é Um Pouco Semelhante à Homossexualidade

“Minha conclusão é que não é a religião, mas o ateísmo que requer uma explicação darwiniana. O Ateísmo é Um Pouco Semelhante à Homossexualidade: não se sabe ao certo onde encaixá-lo em uma doutrina de seleção natural. Porque a natureza escolheria pessoas que se acasalam com outras do mesmo sexo, um processo sem nenhuma vantagem reprodutiva? Parece igualmente intrigante porque a natureza iria produzir um grupo de pessoas que não vêem um propósito maior para a vida ou para o Universo. É aqui que o conhecimento biológico de Dawkins, Pinker e Wilson poderia provar-se iluminador. Talvez eles possam voltar as suas lentes darwinianas para si mesmos e ajudar-nos a entender de que forma o ateísmo, assim como o cóccix humano e o polegar do panda, de algum modo sobreviveu como uma sobra evolucionária de nosso passado primitivo.”

Fonte: Dinesh D`Souza. A Verdade Sobre O Cristianismo: porque a religião criada por Jesus é moderna, fascinante e inquestionável. Editora Thomas Nelson Brasil, pg. 40. Rio de Janeiro - RJ, 2008.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Lembremo-nos Desta Afirmação

Porque a nossa luta não é contra carne e sangue
(Ef 6.12a)

"Lembremo-nos desta afirmação quando as injúrias humanas nos levarem à represália. Pois nossa natureza nos leva à selvageria contra os próprios homens; mas esse estulto desejo será refreado, como por uma rédea curta, pela consideração de que os homens que nos importunam nada são além de dardos lançados pela mão de Satanás. Enquanto estamos ocupados em repeli-los, nos expomos a ser feridos de todos os lados. Lutar contra a carne e o sangue não só será inútil, mas também muito prejudicial. Devemos ir diretamente ao inimigo, que nos ataca e nos fere de seu esconderijo, que mata antes mesmo de ser visto."


Fonte: João Calvino. Efésios. Editora Paracletos, 1edição, pg. 189. São Paulo - SP, 1998.