quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

"Dez Motivos pelos quais Pastores Conservadores Costumam ter Igrejas Minúsculas"

O texto abaixo foi gentilmente cedido pelos nossos irmãos Augustus Nicodemus, Solano Portela e Mauro Meister, autores do Blog "O Tempora, O Mores!". Agradeço aos irmãos, especialmente ao rev. Nicodemus, por ter escrito e cedido estas sábias, para alguns "incovenientes", palavras!Sei que há exceções, mas elas não são muitas. A regra é que, aqui no Brasil, pastores e pregadores mais conservadores e reformados pastoreiam igrejas pequenas, entre 80 a 150 membros. Esse fato é notório e não poucas vezes tem sido usado como crítica contra a doutrina reformada. Se ela é bíblica, boa e correta, porque os seus defensores não conseguem convencer as pessoas disso? Por que suas igrejas são pouco freqüentadas, não têm envolvimento missionário, não evangelizam, não crescem e têm poucos jovens?

Como eu disse, há exceções. Conheço igrejas reformadas que são dinâmicas, crescentes, grandes, evangelizadoras e missionárias. Conheço também outras menores, que crescem não pelo aumento do número de membros na sede, mas pela plantação de outras igrejas. Quando eu digo "igrejas minúsculas" refiro-me não somente ao tamanho, mas à visão, ao envolvimento na evangelização e missões e à diferença que fazem. Tenho em mente as igrejas que se arrastam na rotina de seus trabalhos, ensaios e cultos há dezenas de anos, sempre do mesmo tamanho diminuto, sem que gente nova chegue para fazer a diferença.
Consciente de que há igrejas reformadas grandes e crescentes, mas também consciente das muitas pequenas que não crescem faz muito tempo, em nenhum sentido, eu faria os seguintes comentários nesse post, que bem poderia ser intitulado de "Navalha na Carne":

1- Infelizmente, ao rejeitar a idéia de que em termos de crescimento de igrejas os números não dizem tudo, muitos de nós, reformados, nos esquecemos de que eles, todavia, dizem alguma coisa. Podemos aceitar que está tudo bem e tudo certo com uma igreja local que cresceu apenas 1% nos últimos anos, crescimento em muito inferior ao crescimento da população brasileira e do crescimento de outras igrejas evangélicas? Especialmente em se tratando de uma igreja em um país onde os evangélicos não são perseguidos pelo Estado e as oportunidades estão escancaradas diante de nós?

2- Igualmente infeliz é a postura de justificar o tamanho minúsculo com o argumento da soberania de Deus. É evidente que, como reformado, creio que é Deus quem dá o crescimento. Creio, também, que antes de colocar a culpa em Deus, nós, pastores reformados, deveríamos fazer algumas perguntas básicas: nossa igreja está bem localizada? O culto é acolhedor e convidativo? A igreja tem desenvolvido esforços consistentes e freqüentes para ganhar novos membros? A pregação tem como objetivo direto converter pecadores? A pregação é inteligível para algum descrente que por acaso esteja ali? Os membros da igreja estão possuídos de espírito evangelístico? Existe oração na igreja em favor da conversão de pecadores e crescimento do número de membros? Creio que muitos pastores reformados colocam cedo demais a responsabilidade do tamanho de suas igrejas em Deus, antes de fazer o dever de casa.

3- É triste perceber que, em muitos casos, a soberania de Deus é usada como desculpa para não se fazer absolutamente nada em termos de esforço consciente para ganhar pessoas para Cristo. Que motivos Deus teria para querer que as igrejas reformadas fossem pequenas e que os anos se passem sem que novos membros sejam adicionados pelo batismo? Que motivos secretos levariam o Deus que nos mandou pregar o Evangelho a todo o mundo impedir que as igrejas locais reformadas cresçam em um país livre, onde a pregação é feita em todo lugar e onde outras igrejas evangélicas estão crescendo vertiginosamente? Penso que o problema da naniquice não está em Deus, mas em nós. Ai de nós, porque além de não crescermos, ainda culpamos a Deus por isso!

4- É verdade que muitas igrejas evangélicas crescem usando estratégias e metodologias questionáveis. Especialmente aquelas da teologia da prosperidade, que atraem as pessoas com promessas de bênçãos materiais e curas que não podem cumprir. Todavia, criticar o tamanho dessas igrejas e apontar seus erros teológicos e metodológicos não nos justifica por termos igrejas minúsculas. O que nos impede de termos igrejas grandes usando os métodos certos?

5- O problema com muitos de nós, pastores conservadores e reformados, é que não estamos abertos para mudanças e adaptações, nos cultos, nas atitudes e posturas, por menores que sejam, que poderiam dar uma cara mais simpática à igreja. Ser simpático, acolhedor, convidativo, atraente, interessante não é pecado e nem vai contra as confissões reformadas e a tradição puritana. Igrejas sisudas com cultos enfadonhos nunca foram o ideal reformado de igreja. Pastores reformados deveriam estar pensando em como fazer sua igreja crescer, em vez de se resignarem e racionalizarem em suas mentes que ter uma igreja pequena é OK.

6- Os crentes fiéis que estão nas igrejas já por muitos e muitos anos também precisam de alimento e pastoreio. Que Deus me livre de desprezá-los. Sei que Deus pode chamar alguém para o ministério de consolar e confortar crentes antigos durante anos a fio, igreja pequena após igreja pequena. Mas vejo essa vocação como apenas uma pequena parte do ministério pastoral, quase uma exceção. O que me assusta é ver que essa exceção tem se tornado praticamente a regra no arraial conservador e reformado. Será que Deus predestinou as igrejas conservadoras e reformadas para serem doutrinariamente corretas mas minúsculas, e as outras para crescerem apesar da teologia e metodologia erradas? Será que ele não tem vocacionado os conservadores para serem ganhadores de almas, evangelistas, plantadores de igrejas e expansores do Reino? Será que a vocação padrão do pastor conservador é de ministrar a igrejas minúsculas ano após ano, sem nunca conhecer períodos de refrigério e grande crescimento no número de membros? Será que quando um pastor, que era um evangelista ardente, se torna reformado, sempre vai virar teólogo e professor?

7- O que mais me assusta é que tem pastores reformados que se orgulham de ter igrejas nanicas! "Muitos são chamados e poucos escolhidos", recitam com satisfação. Orgulham-se de serem do movimento do "esvaziamento bíblico", em vez do "avivamento bíblico"! Dizem: "os verdadeiros crentes são poucos. Prefiro uma igreja pequena de qualidade do que uma enorme cheia de gente interesseira e superficial". Bom, se eu tivesse que escolher entre as duas coisas talvez preferisse a pequena mesmo. Mas, por que tem que ser uma escolha? Não podemos ter igrejas reformadas cheias de gente que está ali pelos motivos certos? Eu sei que a qualidade sempre diminui a quantidade, mas será que tanto assim?

8- Nós, pastores reformados em geral, temos a tendência de considerar a sã doutrina o foco mais importante da vida da Igreja. Portanto, muitos de nós passam seu ministério inteiro doutrinando e redoutrinando seu povo nos pontos fundamentais da doutrina cristã reformada. Pouca atenção dão para outros pontos igualmente importantes: espiritualidade bíblica, vida de oração, evangelismo consciente e determinado e planejado. Acho que uma coisa não exclui a outra. Aliás, creio que a doutrinação bíblica sempre será evangelística, e que o evangelismo bíblico é sempre doutrinário. "Pregação", disse Spurgeon, "é teologia saindo de lábios quentes".

9- Alguns pastores reformados ficam tão presos pela doutrina da depravação total que não sabem mais como convidar pecadores a crerem em Jesus Cristo. Temos medo de parecer arminianos se ao final da mensagem convidarmos os pecadores a receberem a Cristo pela fé, ou mesmo se, durante a pregação, pressionarmos as pessoas a tomarem uma decisão. O fantasma de Finney, o presbiteriano criador do sistema de apelos, assombra e atormenta os pregadores reformados, que chegam ao final da mensagem e não sabem como aplicá-la aos pecadores presentes sem parecer que estão fazendo apelação. Ficam com receio de parecerem pentecostais se durante a pregação falarem de forma mais coloquial, falar de forma direta às pessoas, se emocionarem ou ficarem fervorosos, ou mesmo se gesticularem demais e andarem no púlpito. Acho que se os pregadores reformados parecessem mais humanos e naturais, mais à vontade nos púlpitos, despertariam maior interesse das pessoas.

10- Creio, por fim, que ao reagirem contra os excessos do pentecostalismo quanto ao Espírito Santo, muitos reformados ficaram com receio de orar demais, se emocionar demais, jejuar, fazer noites de vigília, pregar nas praças e ruas e de pedirem a Deus que conceda um grande avivamento espiritual em suas igrejas. Só tem uma coisa da qual os reformados têm mais medo do que parecer arminianos, que é parecer pentecostais. Aí, jogamos fora não somente a água suja da banheira, mas menino e tudo! Acho que se houvesse mais oração e clamor a Deus por um legítimo despertamento espiritual, veríamos a diferença.

Pedi a alguns amigos meus, reformados, que criticassem esse post, antes de publicá-lo. Um deles me escreveu:
"Gostei mesmo. Me irrita o espírito de 'seita sitiada' tão comum em nosso meio [reformado]; a idéia de que a vocação da igreja é defender uma fortaleza. Somos rápidos para criticar, mas tão tardos em propor alternativas".
Acho que ele resumiu muito bem o ponto.
Não tenho respostas prontas nem soluções elaboradas para o nanismo eclesiástico. Todavia, creio que passa por um genuíno quebrantamento espiritual entre os pastores, que nos humilhe diante de Deus, nos leve a sondar nossa vida e ministério, a renovar nossos compromissos pastorais, a buscar a plenitude do Espírito Santo e a buscar a Sua glória acima de tudo.





Qual é a sua opinião sobre nosso blog?

Como jovens vimos a necessidade de ter um blog que envolvesse, divertisse e trouxesse informações para nossa edificação. Mas, não sabemos se temos conseguido alcançar nosso propósito.
Foi ai que nasceu a idéia de conhecer sua opnião sobre o blog. Oportunidade, também, para você colaborar, com o blog, deixando sua sugestão. O que você gostaria de ver no nosso blog?
Graça e Paz!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sorveterianos Congeladores?

Eu não sou denominacionalista ou partidarista como em 1Co 1.12. Antes de prosseguir no assunto, preciso dizer também que estou muito longe de ser ecumênico e que não concordo com tal prática (e o pior é que ta chegando o tal do culto ecumênico da minha formatura, rsrs). Continuando, congrego na 1ª Igreja Presbiteriana Conservadora de Goiânia e tenho certeza absoluta de que no céu eu não serei presbiteriano. A questão é se somos ou não cristãos em Espírito e em Verdade.

Digo isso porque muitos pensam que por “sermos os donos da verdade de uma igreja sem os milhares de membros” - pensam eles – somente nós, “os seguidores de Calvino”, é que estaremos no céu. E ainda tem mais...

Existem aqueles que, além de nos taxar de fundamentalistas xiitas, soltam a seguinte pérola: que nós, por não termos o Espírito Santo, somos frios. Alguns, para serem menos opositores do que outros preferem dizer que os presbiterianos apenas não são batizados com ou no Espírito, ou seja, somos cristãos menos espirituais e que não tivemos uma experiência genuína com o Espírito como eles alegam ter. Como eu já escutei tais palavras, dessa e de diferentes formas! Acho que chegou a vez de eu falar alguma coisa pública e biblicamente sobre elas.

Não vou me ater a refutar esses comentários todos. A lista é muitíssimo grande, acredito eu. Também sei que poucos desses irmãos estão dispostos a examinarem as Escrituras como os nobres crentes de Beréia - At 17.11. No entanto, caso alguém queira conversar comigo sobre o assunto, estarei à disposição para o “diálogo” de um só: a Bíblia. Desta vez quero fazer algumas breves considerações sobre o texto de 1Ts 5.19, que nos diz: “Não apagueis o Espírito”.

Em primeiro lugar, o texto sem o seu contexto é pretexto pra falarmos qualquer coisa. Quero dizer que o autor da carta (o apóstolo, missionário e pastor Paulo), não escreveu porque deu na telha dele. Não. Ele tinha um objetivo definido para escrever aos crentes de Tessalônica tais palavras, inspirado pelo mesmo Espírito O qual eles “desonravam”, desprezando as profecias.

Caminhando um pouco mais no capítulo da epístola (contexto próximo), verificamos isso facilmente: “Não desprezeis as profecias” (vs.20). Logo, "não apagueis o Espírito" deve ser interpretado juntamente com "não desprezeis as profecias". Nesse caso, Paulo está tratando de um grave problema instalado nessa igreja. É preciso lembrar ainda que a Bíblia estava sendo formada e Deus graciosa e soberanamente concedeu a alguns os dons de profecia, milagres, o falar em línguas...(são 4 as listas “parciais” de dons no N.T.,:1Co 12 + ou - 13 dons; Rm 12 + 7 dons; Ef 4 + 5 e 1Pe 4 + 2) para que a igreja fosse edificada, encorajada e consolada (1Co 14. 3). O que os tessalonicensses faziam eram rejeitar ou tratar com desprezo os profetas que Deus havia levantado nessa igreja, no período apostólico. Esse era um dos problemas desses cristãos. Portanto, “Não apagueis o Espírito”, trazendo para os nossos dias, é uma ordem de repreensão a todo aquele que nega obediência a genuína Palavra de Deus, quer ela seja pregada, ensinada ou lida individualmente!

Em segundo lugar, a pergunta que devemos fazer depois de considerar tudo isso é: toda profecia provém de Deus? Prosseguindo ainda mais no texto de 1Ts 5, vejamos mais dois versículos: “...julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal”. O texto deixa claro que nem todo profeta vem do SENHOR. Caso contrário, qual seria a necessidade de julgá-los? De acordo também com os textos de Dt 13.1-5 e Rm 12.6, a mesma idéia de “julgar” aparece em 1Co 14. 29, igreja (Corinto) que também sofria com os falsos profetas. Aprendemos, então, que “julgai..., retende...abstende-vos” constitui um trio excelente para por a prova toda e qualquer doutrina e assim crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2P3.17, 18). A Bíblia é o padrão e através dela é que devemos julgar todas as coisas. Como disse Lutero, "qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias".

As vezes fico irritado, outras vezes fico triste em saber que muitos cristãos olham para os presbiterianos como sorvetes, como se apagássemos o fogo do Espírito Santo. Ora, cumprimos precisamente essas exortações de Paulo em 1Ts 5.19-22. É bem verdade que algumas igrejas são muito rígidas, presas a tradições e costumes mortos. Mas, falando pela maioria, tenho dificuldades em entender tais pessoas que tecem comentários, como os da introdução deste post, sem o mínimo de reflexão sobre nós e sobre o texto acima.

Que Deus nos ajude a lidar com os irmãos super-espirituais, que jogam lenha de mais na chama do Espírito, e com os irmãos sorveterianos congeladores, que apagam o Espírito! Que o SENHOR também nos encha com sabedoria para discernirmos os espíritos (1Co 12. 10 e 1Jo 4.1) até o dia em que Ele nos chamar para os céus. 1Co 1.13: “Acaso, Cristo está dividido?”. Não, nunca, jamais!



Obs.: Não sou cessacionista quanto aos dons do Espírito Santo ou carismas. Creio na contemporaneidade dos dons e acredito que Deus pode usá-los quando bem entender, pois Ele é soberano. No entanto, não tenho base bíblica para pensar que assim como foi no início da Igreja Primitiva a manifestação deles hoje ocorre também da mesma forma. Poderei tratar sobre esse assunto futuramente...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

"Não Desperdice Seu Câncer" (2 de 5)

John Piper:
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3.13). “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel” Nm 23.23. “Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Sl 84.11).
David Powlison:
A bênção vem naquilo que Deus faz por nós, conosco, por intermédio de nós. Ele traz sua grande e misericórdiosa redenção ao palco da maldição. Seu câncer, em si, é uma daquelas dez mil “sombras da morte” (Sl 23.4) que vêm sobre cada um de nós: todas as ameaças, as perdas, as dores, as incompletudes, os desapontamentos, os males. Mas em seus amados filhos, o nosso Pai opera um bem muito mais terno por meio das nossas mais lamentáveis perdas: algumas vezes curando e restaurando o corpo (de forma temporária, até a ressurreição dos mortos para a vida eterna), sempre sustentando-nos e ensinando-nos para que possamos conhecê-lo e amá-lo por completo. No campo de teste dos males, sua fé torna-se profunda e real, e o seu amor torna-se intencional e experiente (Tg 1.2-5; 1 Pe 1.3-9; Rm 5.1-5; 8.18-39).

3. Você desperdiçará o seu câncer se buscar conforto com base em seus esforços, em vez de buscá-lo de Deus.

John Piper:
O desígnio de Deus em seu câncer não é treiná-lo nos cálculos racionalistas, humanos das coisas negativas. O mundo tira conforto de suas coisas negativas. Os cristãos não. Alguns contam suas carruagens (porcentagens de sobrevivência), mas confiamos no nome do Senhor nosso Deus (Sl 20.7). O desígnio de Deus é claro desde 2 Coríntios 1.9: “Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos”. O objetivo de Deus em nosso câncer (entre outras mil coisas boas) é tirar os suportes de sob o nosso coração para que confiemos totalmente nele.

David Powlison:
O próprio Deus é seu conforto. Ele se dá. O hino “Descansa, ó alma” (de Katerina Von Schelegel) enfrenta as dificuldades do modo certo: temos 100% de certeza de que sofremos e é 100% certo que Cristo vai nos encontrar, que ele virá até nós, nos confortar e nos devolver as mais puras alegrias do amor. O hino “Um firme fundamento” enfrenta as dificuldades do mesmo modo: você tem cem por cento de chance de passar por graves abatimentos, e é cem por cento certo que seu Salvador vai “estar com você, abençoá-lo em suas dificuldades e santificar para você suas mais profundas angústias”. Com Deus, você não está jogando com porcentagens, mas vivendo com certezas.

4. Você desperdiçará o seu câncer se recusar a pensar sobre a morte.
Fonte: Apêndice retirado do livro “O Sofrimento e a Soberania de Deus” – John Piper e Justin Taylor. Editora Cultura Cristã. 1ª edição. 2008.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Provisoriamente sem Título

Meditando sobre os relacionamentos dentro de nossas famílias, e por extensão em nossas igrejas, pensei em escrever alguma coisa sobre o assunto. E de cara encontrei um problema: que título dar a este post? Alguns não gostam de pensar em um título antes de escrever todo o texto, mas eu ainda insisto no método “dar o nome da criança antes dela nascer”. Rascunhei expressões do tipo “Relacionamentos Eclesiásticos e Superficiais”, “Na Casca da Laranja” (título que minha namorada achou ridículo, opinião que depois concordei, rsrs) e “Raso de Mais” dentre outros. Confesso que não me senti atraído por nenhuma frase que criei e plagiei. Daí, passo este trabalho para todos os leitores deste blog e sem mais demoras, vamos pro assunto!

Relacionamentos humanos são por definição complexos. Portanto, qualquer tentativa minha de abordar esse tema aqui está sujeita a superficialidade e, juntando a minha inexperiência em escrever, até a chateação. No entanto, entendo que há um modo proveitoso de encarar esse fato: refletindo apenas no “como” temos convivido uns com os outros dentro da nossa “família da fé”. Esse é o objetivo deste post. Para que ninguém se perca, estou utilizando a palavra convívio como sinônimo de relacionamento.

Em casa, na igreja, nos encontramos poucas vezes. Reuniões de oração e estudo de Eclesiastes nas quartas-feiras a partir das 19:30h, domingo as 9h na escola bíblica dominical e culto a noite (19h). De vez em quando nos vemos aos sábados na nossa casa e nos demais dias da semana marcamos um outro encontro nela, as famosas e longas reuniões de conselho, mesa diaconal e sociedades internas. Resumindo, ficamos pouco tempo juntos debaixo do teto da igreja. Esse é um ponto.

Outro ponto está nas grandes, médias e pequenas diferenças de personalidade entre nós, os irmãos. Ou seja, as semelhanças são geralmente poucas e quanto menos semelhantes somos, mais distantes ficamos uns dos outros. Essa é a tendência. Creio que se não fosse pelo Espírito Santo e por aquilo que nos uni, Cristo Jesus, estaríamos nos degladiando, tipo “Ton e Jerry” (existem ambientes de trabalho que são precisamente assim e infelizmente existem também igrejas). Graças ao nosso bondoso e misericordioso Deus desfrutamos de uma irmandade. Foi Ele quem criou a Igreja e é Ele quem a sustenta [Efésios 2.11-22]!

Além de convivermos pouco, além de nossas diferenças de personalidade, precisamos entender, num certo sentido, que a igreja, nossa casa, “é um lugar onde se reúnem pecadores”. Mas pecadores “em santificação”. Pensando assim teremos um entendimento equilibrado sobre tudo aquilo que acontece nos relacionamentos dentro da igreja, partindo de um ponto de vista teológico. Em outras palavras, ainda não estamos no céu. A realidade de nossos relacionamentos ainda é marcada pelo pecado e devemos sempre ter esse ensino em nossas mentes. Devemos também trabalhar lidando com a igreja real, essa onde habitam moradores em santificação, mas tendo como alvo a Igreja ideal, a Igreja pela qual o Senhor Jesus orou em João 17 e que temos o compromisso de batalharmos por ela. Como cultivar relacionamentos fortes e profundos se ainda estou sujeito ao erro?

Por tudo isso, necessitamos perdoar e sermos perdoados, porque ainda erramos. Então eu preciso te fazer uma pergunta sem querer invadir a sua privacidade: Você já perdoou o seu irmão? O que é o perdão bíblico? Você já orou a Deus Pai para que Ele o ajude nessa difícil atitude? “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;... Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens {as suas ofensas}, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6. 12, 14 e 15). Tente responder a essas perguntas. Há muito do que falar sobre isso e não cabe aqui neste post argumentar mais, talvez em outra ocasião.

Enfim, como temos convivido? E o nosso tempo e personalidade... como ficam? Bem, apenas faça uma reflexão juntamente com todas essas. Espero que você se sinta aconchegado dentro de nossa casa e que ao convidarmos outros para estarem nela, possamos fazer com que eles sintam esse mesmo sentimento que precisa haver em nós, os filhos de Deus.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

[Sinta-se Útil] - Andressa Duarte

Este vídeo é uma forte exortação à todos que têm vivido de forma descompromissada nas igrejas. O que essa menina fez na sua simplicidade, porém com muito amor à Deus, envergonha a muitos. Portanto, reflita nessa história e pergunte-se: o que eu tenho feito para o meu SENHOR, para a honra e glória do seu santo e grandioso nome? Não somos a favor de sensacionalismos, mas certamente este vídeo expressa algo superior as simples emoções, pois é uma questão de obediência a Deus. Que ele nos encoraje ao serviço na obra de nosso bondoso Deus e que sempre tenhamos como motivo os mandamentos de nosso Deus e os dons que nos foi dado para a edificação da igreja e para a evangelização! Lembrem-se: Comecemos hoje, pois amanhã não sabemos o que irá acontecer. Que Deus nos abençoe!

Graça e paz, em Jesus, o Filho de Deus. Amém!

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"Não Desperdice Seu Câncer" (1 de 5)

Cinco meses depois da conferência sobre Sofrimento e Soberania de Deus, dois dos preletores – John Piper e David Powlison – receberam o diagnóstico de câncer de próstata. Na véspera de sua cirurgia de próstata (13 de fevereiro de 2006), Piper escreveu o artigo abaixo para refletir sobre a sua situação, assim como ministrar graça e verdade a outros. (Deve-se observar que estas reflexões constituem um meio de ministrar pastoralmente àqueles que estão necessitados, mas não é o único meio de se fazer isso e não é a única coisa que precisa ser dita.) Pouco depois, Powlison recebeu seu diagnóstico de câncer de próstata (3 de março de 2006) e contribui com esclarecimentos adicionais a este artigo.


John Piper:
Creio no poder de Deus para curar – por milagre e pela medicina. Creio que é certo e bom orar pelos dois tipos de cura. O câncer não é desperdiçado quando ele é curado por Deus. Ele tem a glória e é por isso que o câncer existe. Assim, não orar pela cura pode desperdiçar seu câncer. Mas a cura não é o plano de Deus para todas as pessoas. E existem muitos outros modos de desperdiçar o seu câncer. Oro por mim mesmo e por você para que não desperdicemos essa dor.

1. Você desperdiçará o seu câncer se não acreditar que ele foi mandado para você por Deus.

John Piper:
Não adianta dizer que Deus somente usa o nosso câncer, mas não o envia. Não que seu primeiro desígnio para a criação fosse um Jardim do Éden com câncer. Mas a queda não pegou Deus distraído. Ele planejou a redenção antes da criação (2 Tm 1.9). Ele a viu chegando e a permitiu. O que Deus permite ele o permite por uma razão. E essa razão é seu desígnio. Se Deus prevê que o desenvolvimento celular se torne câncer, ele pode pará-lo ou não. Se não o fizer, ele tem um propósito. Uma vez sendo infinitamente sábio, é correto chamar esse propósito de desígnio. Satanás é real e causa muitos prazeres e dores. Mas ele não tem a última palavra. Assim, quando ele ataca Jó com tumores malignos (Jó 2.7), este os atribui por fim a Deus (2.10) e o escritor inspirado concorda: “[...] e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado” (42.11). Se você não crê que seu câncer é designado por Deus, você o desperdiça.

David Powlison:
O reconhecimento da mão determinista de Deus não torna alguém estóico, nem desonesto, nem artificialmente desligado. Ao contrário, a realidade do seu desígnio desperta e canaliza nosso clamor honesto para nosso único e verdadeiro Salvador. O desígnio de Deus suscita a fala honesta, em vez de nos silenciar na resignação. Consideremos a honestidade dos Salmos, do rei Ezequias (Is 38), de Habacuque 3. Essas pessoas são franca e confiantemente honestas porque sabem que Deus é Deus e põem sua confiança nele. O Salmo 28 nos ensina a oração apaixonada e direta a Deus. Ele deve ouvi-lo. Ele o ouvirá. Ele continuará a operar em você e em sua situação. Esse clamor vem do seu senso de necessidade de ajuda (28.1,2). Você é livre para ser estritamente pessoal em suas coisas particulares. Com freqüência nas “várias provações” da vida (Tg 1.2) o que você enfrenta não condiz com exatidão com as particularidades que Davi ou Jesus enfrentaram, mas a dinâmica de fé é a mesma. Tendo lançado seus cuidados sobre ele que é quem cuida de você, então expresse sua alegria (Sl 28.6,7): a paz dada por Deus, que está além do entendimento. Por fim, como a fé sempre produz amor, a sua necessidade pessoal e sua alegria se ramificarão em atenção amorosa pelos outros (28.8,9). A doença pode aguçar sua percepção de como Deus está agindo profundamente agora, como sempre esteve, em cada detalhe da sua vida.

2. Você desperdiçará seu câncer se achar que ele é uma maldição e não um dom.



Fonte: Apêndice retirado do livro “O Sofrimento e a Soberania de Deus” – John Piper e Justin Taylor. Editora Cultura Cristã. 1ª edição. 2008.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Jogo de Basquete - Ginásio: "Diácono Weberson Carles"

Goânia - As duas equipes (Os que querem perder peso x Os que precisam ganhar folêgo) viveram situações bem distintas nos jogos desta segunda-feira válidos pelo Torneio "Galera em forma".

Enquanto o jogador Diác. Danilo Neves fez uma de suas piores atuações na temporada, o Diác. Weberson Carles foi o cestinha do jogo com 5 cestas.

Embora continue se mantendo como titular dos "Que Presisam ganhar folêgo", o pivô Bruno só retorna de lesão na próxima semana. Com 4 tentos, 14 rebotes, sete assistências, 54 "puns fedidíssimos" o ala Israel depois de uma semi-desmaiáda quase ganhou o direito de ir ao hospital.

"É admirável a concentração masculina no jogo. Mas, cadê a bola?"
O jogador Rilk até que tentou, mas sua participação foi uma negação. Com apenas uma bola no aro o mesmo foi o principal responsável pela derrota da equipe "Os que querem perder peso". Somente uma atualizada na tabela do excel poderá resolver a situação do atleta. Sem uma expressiva melhora este jogador esquentará o banco dos reservas nas próximas partidas.

Pelas partidas feminas a jogadora Priscila colecionou um rendimento ruim pelo segundo jogo seguido. Assim como havia feito na derrota da equipe na semana anterior. Por sua vez, a jogadora Thaís vôooou em quadra e com uma cesta feita foi a cestinha do jogo. Que emocinante foram as partidas.

"Quanta habilidade nas mãos femininas"

A torcida também esteve presente no ginásio, o que tornou as partidas ainda mais emocionantes e disputadas. O ginásio estava lotado, tanto na arquibancada geral, como também, nas numeradas e camarotes.

Nos próximos dias as equipes estarão frente a frente para mais um emocionte e desafiante jogo! Não percam!