quarta-feira, 29 de julho de 2009

Como posso livrar-me do vício em entretenimento?

Eu creio que amo a Cristo de verdade, mas a maior parte do tempo eu prefiro passar o tempo entretendo-me do que gastá-lo na Palavra de Deus. Como eu quebro essa influência que o entretenimento tem sobre o meu coração?

Essa é uma pergunta muito boa. E eu penso que ela é especialmente pertinente porque nós vivemos, eu creio, mais agora do que nunca, em dias em que coisas que entretêm estão imediatamente acessíveis.

Eu estava pensando esses dias na diferença entre nossas tentações e, digamos, as tentações de 250 anos atrás, nos dias de Jonathan Edwards. Edwards escreveria sobre a tolice de pessoas jovens que se juntam para ter "conversações frívolas" ou outras coisas ainda piores. (Uma delas chamava-se "Empacotar": ir juntos para a cama, permanecendo vestidos. Apenas apimentando a vida um pouco. A vida era enfadonha há 250 anos na Nova Inglaterra.)

Hoje nós levamos em nossos bolsos, rádio, televisão, internet e jogos e qualquer coisa que seja excitante e cheia de diversão! E "diversão" é uma palavra que é usada hoje na igreja de forma desenfreada! É um adjetivo, é um substantivo, é um verbo, porque nós exercemos o ministério buscando ajustar-nos a essa mentalidade.

Estou profundamente preocupado com isso. Eu quero defender a seriedade a respeito de Deus, em vez de torná-lo palatável fazendo com que Ele pareça "divertido", transformando-O em mais uma peça de entretenimento.

Assim, a pergunta é: "Como você se livra dessa dependência?"

1. Reconhecer que ela existe é um enorme passo na direção certa.
2. Busque a Deus seriamente sobre isso. Ore como um louco para que Deus abra seus olhos para ver coisas maravilhosas na Sua lei.
3. Aprofunde-se na Bíblia, até mesmo quando você não tem vontade, suplicando a Deus que abra seus olhos para ver o que realmente está lá.
4. Entre em um grupo onde se conversa sobre coisas sérias.
5. Comece a compartilhar sua fé. Uma das razões porque nós não somos movidos por nossa própria fé como deveríamos é porque nós quase nunca conversamos sobre ela com os não-crentes. Nossa fé começa a ficar como um tipo de coisa de estufa e então começa a gerar um sentimento de irrealidade sobre si mesma. E então as forças do entretenimento começam a ter maior influência sobre nossas vidas.
Portanto essas seriam algumas das coisas, mas no final das contas é um presente da graça poder sentir a glória de Deus.

Uma última sugestão: pense em sua morte. Pense muito em sua morte. Pergunte a si mesmo o que você gostaria de estar fazendo no fim da vida, ou nas horas, ou dias, que antecedem o encontro com Cristo. Eu tenho feito muito isso por esses dias. Eu penso no impacto da morte e o que eu gostaria de estar fazendo e como eu me prepararia para encontrá-lO e prestar contas a Ele.
John Piper

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Vida é Incerta - "Preocupação de um pai cristão com o futuro de seu amado filho"

[Jonathan Edwards enviou esta carta em 1755 a seu filho Jonathan Edwards Jr, que tinha a idade de nove anos e estava com Gideon Hawley em uma viagem missionária entre os índios.]

Stockbridge, 27 de maio de 1755.

Querido filho,


Embora muito distante de nós, você não está distante de nossas mentes: Eu me preocupo muito com você, freqüentemente penso em você, e freqüentemente oro por você. Embora você esteja muito longe de nós, e de todos os seus familiares, contudo, é conforto para nós que o mesmo Deus que está aqui também está em Onohoquaha e que embora você esteja longe de nossa visão e de nossa assistência, você sempre está nas mãos de Deus, que é infinitamente gracioso; e nós podemos ir a Ele, e te submeter ao Seu cuidado e misericórdia. Cuide para que você não O esqueça ou negligencie. Tenha sempre a Deus perante seus olhos, e viva em Seu temor, e O busque a cada dia com toda a diligência: porque Ele, e somente Ele pode fazer você feliz ou miserável, conforme Lhe agrade; e sua vida e saúde, e a salvação eterna de sua alma e tudo nesta vida, e na que está por vir, depende de Sua vontade e desejo.

Na última semana que passou, na quinta-feira, David morreu; aquele que você conhecia e com quem brincava, e que vivia em nossa casa. Sua alma entrou no mundo eterno. Se ele estava preparado para a morte, nós não sabemos. Este é um aviso audível de Deus para que você se prepare para a morte. Você vê que ele sendo jovem morreu, tal qual aqueles que são velhos; David não era muito mais velho do que você. Lembre-se do que Cristo disse, que você deve nascer de novo, ou nunca verá o Reino de Deus. Nunca se dê ao descanso enquanto não tiver uma boa evidência de que você é convertido e tornou-se uma nova criatura.

Nós esperamos que Deus preserve sua vida e saúde, e que você retorne a Stockbridge novamente a salvo; mas sempre lembre-se de que esta vida é incerta; você não sabe se irá morrer em breve, portanto há a necessidade de estar sempre pronto. Nós ouvimos há pouco que seus irmãos e irmãs em Northhampton e em Newark estão bem. Seu idoso avô e sua avó, quando eu estava em Windsor, mandaram dizer que o amam. Todos nós aqui dizemos o mesmo.

Eu, seu terno e afetuoso pai,

Jonathan Edwards.


“Nunca se dê ao descanso enquanto não tiver uma boa evidência de que você é convertido e tornou-se uma nova criatura."

segunda-feira, 20 de julho de 2009

“A Vida Eterna É Para Sempre” – Francis Schaeffer

O que será de nós se, mesmo tendo aceitado Cristo como nosso Salvador, nos perdermos novamente? Todas essas coisas são maravilhosas: o futuro maravilhoso da salvação, o milagre da ressurreição do corpo, o milagre da criação restaurada; mas, se fosse possível que nós, que aceitamos a Cristo como nosso Salvador, pudéssemos nos perder novamente, que alegria há mesmo em só pensar nisto? Isso seria como mostrar a uma criança uma árvore de Natal para depois bota-la para fora de casa, abandonada no frio.

[...]

Perder-se de novo? Como? Por uma falha da parte do Espírito Santo? Por um engano de Deus, o Pai, quando ele escolheu a você e a mim para salvação? Por um erro de Deus, o Pai, em ter mandado Cristo para morrer por nós? Por que a morte de Cristo no Calvário se mostrou insuficiente? Devido ao fracasso da parte de Cristo em seus esforços atuais em interceder por nós diante do Pai? Devido ao fracasso da parte de Deus em ter nos perdoado em resposta à intercessão de Cristo, não importando se Cristo já havia pagado a nossa dívida por completa?

Perder-se de novo? Não! A vida eterna é para sempre. O Espírito Santo garante que a vida eterna é para sempre (Rm 8.26-27). Deus, o Pai, garante que a vida eterna é para sempre (8.28-32). E Jesus também garante que a vida eterna é para sempre (8.33-34). Tendo recebido todas as garantias, você já pode dizer “isso já me basta! Agora estou convencido de que nunca mais perderei a minha salvação”. Mas, em seguida, nos versículos 35-39, é como se o Senhor estivesse dizendo por meio de Paulo: “Não, vamos com calma! Quero que você entenda isso de uma forma que nunca jamais tenha como de novo se esquecer. Não só enquanto estiver aí, lendo este livro, mas também naquelas horas em que você está se sentindo pressionado, quando as ondas parecem estar tão altas que você se sente impotente, em que você está estatelado no chão, quando Satanás estiver jogando coisas na sua cara”. Deus diz: “Quero que você nunca jamais se esqueça de que a vida eterna é para sempre, mesmo em meio à tempestade”. E assim ele nos oferece estas grandiosas palavras finais de segurança:

[...]

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (8.35-39).

[...]

Paulo começa esta parte final perguntando “quem nos separará do amor de Cristo?”. E a termina dizendo “nada pode nos separar do amor de Deus”. Isto sempre nos lembra do trecho de João 10.27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.

[...]

Sim, se você crê em Jesus e o aceitou como seu Salvador, vá em frente e abra as cortinas. Ouse olhar para o que está à sua frente. Continue mirando o horizonte, até que raie o dia em que o seu corpo há de ser ressuscitado, quando, com olhos ressurretos, você há de contemplar as glórias da criação redimida, restaurada. Olhe para além, até o dia em que em seu estado glorificado, livre da própria presença do pecado, você estará vivo junto com o seu Senhor, para todo o sempre.

E quando as tempestades da vida vierem, e nós vacilarmos e gritarmos: “Meu Deus, estarei lá?” a reposta é que a vida eterna é para sempre; amado, fique tranqüilo, você estará lá. Não há motivo para preocupação. Se você aceitou Cristo como seu Salvador, há de estar lá. Com base na obra de Deus Pai, Deus Filho e o Deus Espírito Santo”.

Amém!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Crente Fica Doente?" - Augustus Nicodemus

Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais.

Uma breve consulta feita à Capelania Hospitalar de grandes hospitais de algumas capitais do nosso país revela que há números elevados de evangélicos hospitalizados por todos os tipos de doença que acometem as pessoas em geral. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa.

Para muitos evangélicos, os crentes só adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus. Todavia, apesar do ensino popular que a fé nos cura de todas as enfermidades, os hospitais e clínicas especializadas estão cheias de evangélicos de todas as denominações – tradicionais, pentecostais e neopentecostais –, sofrendo dos mais diversos tipos de males. Será que poderemos dizer que todos eles – sem exceção – estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura?

É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam as suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Eu gostaria de mostrar nesse post, todavia, que mesmo homens de fé podem ficar doentes, conforme a Bíblia e a História nos ensinam.

1. Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que adoeceram. Ao lermos a Bíblia como um todo, verificamos que homens de Deus, cheios de fé, ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o próprio profeta Eliseu. A Bíblia diz que ele padeceu de uma enfermidade que finalmente o levou a morte: “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer” (2Re 13.14). Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades freqüentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5.23). Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Tm 4.20).
O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto” (Gl 4.14). Alguns acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).

Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se” (Jó 2.7-8). O grande servo de Deus, Isaque, sofria da vista quando envelheceu, a ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “Tendo-se envelhecido Isaque e já não podendo ver, porque os olhos se lhe enfraqueciam” (Gn 27.1). Esses e outros exemplos poderiam ser citados para mostrar que homens de Deus, fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades.

2. O mesmo ocorre na História da Igreja. Nem mesmo cristãos de destaque na história da Igreja escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem acometido com freqüência de várias enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda defendendo a cura pela fé também sofreram com as doenças. Alguns dos mais famosos acabaram morrendo de doenças e enfermidades. Um deles foi Edward Irving, chamado o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus.
Um outro caso conhecido é o de Adoniran Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura pela fé do século passado. Gordon morreu de bronquite, apesar da sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose. Mais recentemente, morreu John Wimber, vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador da igreja Vineyard Fellowship (“A Comunhão da Vinha ou Videira”) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”. Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente. Líderes do movimento de cura pela fé no Brasil também têm ficado doentes. Não poucos deles usam óculos, para corrigir defeitos na vista e até têm defeito físico nas mãos.

O meu ponto aqui é que cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a História claramente demonstram. O significado disso é múltiplo, desde o conceito de que as doenças nem sempre representam falta de fé até o fato de que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele quiser.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Jonathan Edwards Demitido!

...Era costume de sua igreja conceder o privilégio a qualquer pessoa, mesmo sem ser membro da igreja, para participar da ceia do Senhor. Por requerer uma base estrita para participar da ceia, Jonathan Edwards foi demitido de sua igreja em 1750. D. M. Lloyd-Jones disse que "essa foi uma das coisas mais espantosas que já aconteceram, e deve servir como uma palavra de encorajamento para os ministros e pregadores. Lá estava Edwards - o altaneiro gênio, o poderoso pregador, o homem que estava no centro do grande avivamento - e, todavia, foi derrotado na votação de sua igreja, por duzentos e trinta votos, contra apenas vinte e três a seu favor." Lloyd-Jones conclui: "Não se surpreendam, portanto, irmãos, quanto ao que possa acontecer com vocês em suas igrejas".

Extraído do Livro "Gigantes da Fé", de Franklin Ferreira

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Deveriam Ser o Moto de Cada Cristão

"Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário;para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus."

Pv 30.7-9

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"A Paciência Sobrenatural de Warfield" - John Piper

É preciso um poder sobrenatural para ser paciente. Essa é a razão porque Paulo parece exagerar no modo como ora por nossa paciência:

Sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e paciência; com alegria (Cl 1.11).

Mas esse glorioso poder torna-se parte de nossa atitude através das promessas nas quais cremos. Como Romanos 8.28.
Benjamin B. Warfield foi um renomado e mundialmente conhecido teólogo que ensinou no Seminário de Princeton por quase 34 anos, até sua morte em 16 de fevereiro de 1921. Muitos conhecem seus famosos livros, como A Inspiração e Autoridade da Bíblia. Mas o que muitas pessoas não sabem é que, em 1876, com a idade de 25 anos, ele casou-se com Annie Kinkead e viajaram para a Alemanha, em lua-de-mel. Durante uma violenta tempestade Annie foi atingida por um raio e ficou permanentemente paralisada. Após cuidar dela por 39 anos, Warfield sepultou-a em 1915.
Em função das grandes necessidades de sua esposa, ele raramente se ausentava de casa por mais de 2 horas, durante todos os anos de seu casamento (Great Leaders of the Christian Church, p. 344.).

Bem, esse é, realmente, um sonho desfeito. Eu me recordo de dizer à minha esposa, na semana anterior ao nosso casamento: “Se nós sofrermos um acidente de carro em nossa lua-de-mel, e você ficar desfigurada ou paralisada, eu manterei meus votos ‘na alegria ou na tristeza’”. Mas para Warfield isso realmente aconteceu. Sua esposa nunca foi curada.

Diferentemente de José, que sofreu, mas veio a ser primeiro-ministro do Egito, não houve ascensão ao poder do Egito, no final da história de Warfield. Apenas a extraordinária paciência e fidelidade de um homem a uma mulher, por 39 anos, numa situação que nunca havia sido planejada – pelo menos não pelos homens.

Mas quando Warfield expôs seus pensamentos sobre Rm 8.28, ele disse:

A idéia fundamental é o governo universal de Deus. Tudo que acontece a você está debaixo de Suas mãos. A idéia secundária é o favor de Deus para com os que O amam. Se Ele governa tudo, então nada exceto o bem pode sobrevir àqueles a quem Ele faz o bem… Ainda que sejamos fracos demais para nos ajudar, e cegos demais para pedir o que necessitamos, e possamos apenas gemer em anseios deformados, Ele mesmo é o autor de tais anseios em nós… e Ele dirigirá todas as coisas a fim de que recebamos somente o bem, de tudo o que nos acontece (Faith and Life, p. 204).



Tradução: Rosangela de Oliveira e Maurício Silva Andrade
Fonte: http://blogfiel.com.br/