sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Dia em que a Terra Escureceu

E houve trevas sobre toda a terra, do meio-dia às três horas da tarde.” Mateus 27.45, Marcos 15.33

Já era quase meio-dia, e trevas cobriram toda a terra até as três horas da tarde; o sol deixara de brilhar.” Lucas 23.44,45a

“Para mim, uma das referências mais problemáticas do Novo Testamento é a declaração dos evangelistas de que a terra ficou em trevas durante parte do tempo em que Jesus esteve pendurado na cruz. Não seria esse um mero recurso literário para enfatizar o significado da crucificação e, de forma alguma, uma ocorrência histórica verdadeira? Afinal de contas, se a terra tivesse se recoberto de trevas, não haveria ao menos uma menção desse fato extraordinário fora da Bíblia?
O dr. Gary Habermas, contudo, menciona um historiador chamado Talo que, em 52 d.C., escreveu uma história do mundo mediterrâneo desde a Guerra de Tróia. Embora o trabalho de Talo tenha se perdido, foi citado por Júlio Africano por volta de 221 d.C. e, ali, há menção das trevas de que falam os evangelhos!
─ Será possível - perguntei - que temos aí uma corroboração extrabíblica para o que declaram as Escrituras?
─ Nessa passagem - Yamauchi explicou -, Júlio Africano diz que “Talo, no terceiro livro de histórias, explica o fato como um eclipse solar, embora, a mim, não me pareça uma explicação razoável”. Portanto, ao que tudo indica, Talo confirma a ocorrência das trevas no momento da crucificação e atribui sua causa provável a um eclipse solar. Júlio Africano diz então que não era possível que fosse um eclipse o evento ocorrido na hora da crucificação.

Yamauchi aproximou-se mais da escrivaninha e pegou um pedaço de papel.
─ Escute o que diz o estudioso Paul Maier sobre as trevas em uma nota de rodapé em seu livro Pontius Pilate [Pôncio Pilatos], de 1968:

Esse fenômeno, evidentemente, foi visível em Roma, Atenas e outras cidades do mediterrâneo. Segundo Tertuliano [...] foi um evento “cósmico” ou “mundial”. Phlegon, um autor grego da Cária, escreveu uma cronologia pouco depois de 137 d.C. em que narra como no quarto ano das Olimpíadas de 202 (ou seja, 33 d.C.), houve um grande “eclipse solar”, e que “anoiteceu na sexta hora do dia [isto é, ao meio dia], de tal forma que até as estrelas apareceram no céu. Houve um grande terremoto na Bitínia, e muitas coisas saíram fora de lugar em Nicéia”. "

Fonte: STROBEL, L. Em Defesa de Cristo: jornalista ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo. Editora Vida, 2ª impressão, pg. 109,110. São Paulo - SP, 2001.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

18 de Fevereiro de um ano qualquer... "Pai, pequei contra o céu e diante de Ti." (Lc 15:18)


Aqueles que Cristo lavou em seu precioso sangue não precisam mais fazer uma confissão de pecados como criminosos diante de Deus, o Juiz. Em um sentido legal, Cristo removeu para sempre o pecado deles, de modo que não mais permanecem onde poderiam ser considerados. Ao invés disso, eles foram aceitos para sempre no Amado. No entanto, visto que se tornaram como crianças e pecam como as crianças o fazem, eles precisam apresentar-se diariamente diante de seu Pai celestial e confessar-Lhe seus pecados. É obrigação de crianças culpadas confessarem suas faltas a seus pais terrenos. A graça de Deus em nosso coração nos ensina que, sendo cristãos, temos este mesmo dever para com nosso Pai celestial.
Diariamente nós O ofendemos, portanto, não podemos repousar sem o perdão diário. Se eu não tenho buscado o perdão e não tenho sido purificado das ofensas contra meu Pai celestial, sinto-me como se estivesse distante dEle. Estou duvidando de seu amor, tremo diante dEle e receio dirigir-Lhe súplicas. Torno-me como o filho pródigo, que, embora ainda fosse filho, estava bem distante de seu pai.
Se eu me aproximo dEle como um filho entristecido, por ter ofendido um Pai tão gracioso e amável, confessando-Lhe tudo, e não descanso até perceber que estou perdoado, sentirei um amor santo por meu Pai celestial. Prosseguirei em minha vida cristã não apenas como uma pessoa salva, mas também como alguém que desfruta da paz com Deus por meio de Jesus Cristo, meu Senhor.
Existe uma grande diferença entre confessar um pecado como um criminoso e confessá-lo como um filho. O seio do Pai é o lugar para confissões marcadas por arrependimento. Temos sido purificados de uma vez por todas, mas nossos pés precisam ser lavados da contaminação da nossa jornada diária neste mundo.

Fonte: SPURGEON, C.H. Leituras Diárias, vol. 1, 2004.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sabe Deus Que Eu Fiz Isso Muitos Anos Atrás

"Permitam que lhes faça uma pergunta: seria por que vocês frequentam um local de culto? Vocês tem pensado bastante sobre isso, até mesmo em fazer essa pergunta? Vocês vão porque é tradição? As pessoas sempre vão à igreja nos domingos, vocês dizem. Mas a frequência à igreja é uma coisa que vocês fazem. Estão simplesmente perpetuando uma tradição. É grande o número de pessoas que vão à igreja por senso de dever, esperando cada semana que o culto não seja muito demorado. Toda semana elas não sentem nada; o culto foi absolutamente sem vida, o canto miserável, a entonação na leitura das Escrituras maçante. Não há poder, não há vigor. E devido elas entenderem que o cristianismo é isso, deram-lhe as costas. E estão perfeitamente certas. Esse é o passo lógico. Sabe Deus que eu fiz isso muitos anos atrás. E eu não estaria num púlpito cristão agora se não fosse o fato de que enxerguei através dessa idéia falsa. Não se pode encaixar isso no livro de Atos. Isso é religião tradicional, formal, seja qual for a forma que acaso tome e seja qual for a denominação em que apareça"

LLOYD-JONES, D. M. Cristianismo Autêntico: sermões sobre Atos dos Apóstolos. Editora PES, 1edição, volume 1, pg. 32. São Paulo-SP, 2005.