sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Os Limites de uma Idéia"

“Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo, o qual não pudesse ter sido formado por meio de numerosas, sucessivas e pequenas modificações, minha teoria se tornaria inútil” [Charles Darwin].


O texto abaixo foi retirado do livro “A Caixa Preta de Darwin” do famoso cientista bioquímico Michael Behe. Detalhe: ele não é criacionista. Ele acredita no método científico, mas argumenta que as máquinas biológicas têm que ter sido planejadas, seja por Deus ou por alguma outra inteligência superior - o Desingner. Quanto a mim, sou totalmente convicto que o Criacionismo Bíblico é a verdade sobre a origem do mundo e dos seres vivos. O livro de Gênesis é quem dá a palavra final e as evidências científicas sérias só irão (e já estão) concluir aquilo que Deus nos revelou pelas Escrituras. No entanto, é interessante também notarmos que outras teorias científicas surgiram e vem de encontro ao darwinismo. Uma delas é o Design Inteligente (D.I) ou Projeto Inteligente (Intelligent Design)...

Vale a pena você ler todo o texto e também, pra quem gosta da área, adquirir o livro de Behe, que é um marco na literatura científica. Que este texto seja uma introdução sobre o D.I para você, motivando-o a pesquisar mais e ler mais sobre o assunto do ano de 2009: as teorias que explicam a vida e o surgimento do universo. Com a publicação de “A caixa preta de Darwin”, é tempo de os cientistas se permitirem examinar novas e extraordinárias possibilidades e de ficarmos de sobreaviso com o que vão descobrir. Claro que para o mundo ainda existe só uma teoria: o naturalismo evolucionista de Darwin. Qual é a sua?

“Este livro é sobre uma idéia – a evolução, de Darwin – que está sendo levada até seus últimos limites por descobertas na bioquímica. A bioquímica é o estudo da própria base da vida: as moléculas que formam células e tecidos, que catalisam as reações químicas de digestão, fotossíntese, imunidade, entre muitas outras coisas. O espantoso progresso realizado pela bioquímica desde meados da década de 1950 constitui um tributo monumental ao poder da ciência de compreender o mundo. Trouxe inúmeros benefícios práticos à medicina e à agricultura. No entanto, talvez tenhamos de pagar um preço por esse conhecimento. Quando escavamos alicerces, as estruturas que neles repousam são abaladas e, às vezes, desmoronam. Quando ciências como a física finalmente expuseram suas fundações, velhas maneiras de compreender o mundo tiveram que ser jogadas fora, revistas por completo, ou restringidas a uma parte limitada da natureza. Ocorrerá a mesma coisa com a teoria da evolução pela seleção natural?

Como acontece com muitas grandes idéias, a de Darwin é elegantemente simples. Ele observou que ocorrem variações em todas as espécies: alguns membros são maiores, outros menores, uns mais rápidos, outros de cor mais clara, e assim por diante. Uma vez que suprimentos limitados de alimentos não conseguem sustentar todos os organismos que nascem, Darwin concluiu que aqueles cuja variação, ocorrida ao acaso, lhes conferia uma vantagem na luta pela vida tenderiam a sobreviver e a reproduzir-se, vencendo na competição os menos favorecidos. Se a variação fosse herdada, as características da espécie mudariam ao longo do tempo. No decorrer de grandes períodos, grandes mudanças poderiam ocorrer.

A mais de um século, a maioria dos cientistas pensa que virtualmente todas as formas de vida, ou pelo menos todas as suas características mais interessantes, resultaram de seleção natural, funcionando através de variação aleatória. A idéia de Darwin tem sido usada para explicar o bico do tentilhão, os cascos de cavalos, a coloração das mariposas e dos insetos operários, e a distribuição da vida em todo o globo e ao longo das eras. A teoria foi ampliada por alguns cientistas para explicar até mesmo o comportamento humano: porque pessoas em desespero cometem suicídio, porque adolescentes têm filhos fora do casamento, porque alguns grupos se saem melhor em testes de inteligência do que outros, porque missionários religiosos renunciam ao casamento e a filhos. Nada há nenhum órgão ou idéia, nenhum sentido ou pensamento que não tenha sido objeto de elucubrações evolutivas.

Quase um século e meio após Darwin ter apresentado sua teoria, a biologia evolutiva tem obtido muito sucesso na explicação dos padrões de vida que vemos ao nosso redor. Para muitos, seu triunfo é completo. A verdadeira obra da vida, porém, não acontece no nível do animal ou do órgão completos. As partes mais importantes dos seres vivos são pequenas demais para serem vistas. A vida é vivida nos detalhes, e cabe as moléculas se encarregarem desses detalhes. A idéia de Darwin pode explicar cascos de cavalos, mas poderá explicar os alicerces da vida?

Pouco depois de 1950, a ciência avançou até um ponto em que podia identificar as formas e propriedades de algumas moléculas que constituem os organismos vivos. Devagar, com muito trabalho, as estruturas de um número cada vez maior de moléculas biológicas foram elucidadas e, com o auxílio de incontáveis experimentos, inferida a maneira como funcionavam. Os resultados acumulados mostram com grande clareza que a vida se baseia em máquinas – máquinas compostas de moléculas! As máquinas moleculares transportam carga de um lugar da célula para outro, ao longo de “estradas” constituídas por outras moléculas, enquanto outras ainda agem como cabos, cordas e polias que mantêm a forma da célula. Máquinas ligam e desligam comutadores celulares às vezes matando a célula, ou fazendo com que cresça. Máquinas a energia solar captam a energia dos fótons e a armazenam em elementos químicos. Máquinas elétricas permitem que a corrente flua pelos nervos. Máquinas-ferramenta constroem outras máquinas moleculares, bem como outras iguais a si mesmas. Células nadam usando máquinas, copiam a si mesmas usando maquinaria, e com ela ingerem alimentos. Em suma, máquinas moleculares altamente sofisticadas controlam todos os processos celulares. Assim, os detalhes da vida são finamente calibrados e, a maquinaria da vida, de uma enorme complexidade.

Todas as formas de vida poderiam ser encaixadas na teoria da evolução de Darwin? Uma vez que a mídia gosta de publicar matérias sensacionalistas, e desde que alguns cientistas adoram especular sobre até que ponto podem levar suas descobertas, tem sido difícil para o público separar fato de conjectura. Se queremos encontrar evidências autênticas, temos de mergulhar nos livros e revistas publicados pela própria comunidade científica. A literatura científica divulga os experimentos em primeira mão, e esses relatórios, em geral, estão livres dos vôos de fantasia que acabam por aparecer em suas repercussões. Mas, como deixaremos claro mais tarde, se pesquisamos a literatura científica sobre evolução, e se concentramos a pesquisa na questão de como surgiram as máquinas moleculares – a base da vida – descobriremos que paira um silêncio total e misterioso em torno do assunto. A complexidade dos alicerces da vida paralisou as tentativas da ciência de explicá-la; as máquinas moleculares como que erguem uma barreira ainda impenetrável ao alcance ao alcance universal do darwinismo.

[...]

Embora o mecanismo de Darwin – a ação da seleção natural sobre a variação – possa explicar muitas coisas, não acredito que explique a vida molecular. Tampouco acho motivo de espanto que a nova ciência do muito pequeno possa mudar a maneira como vemos o menos pequeno.

Nenhum comentário: