domingo, 25 de janeiro de 2009

Provisoriamente sem Título

Meditando sobre os relacionamentos dentro de nossas famílias, e por extensão em nossas igrejas, pensei em escrever alguma coisa sobre o assunto. E de cara encontrei um problema: que título dar a este post? Alguns não gostam de pensar em um título antes de escrever todo o texto, mas eu ainda insisto no método “dar o nome da criança antes dela nascer”. Rascunhei expressões do tipo “Relacionamentos Eclesiásticos e Superficiais”, “Na Casca da Laranja” (título que minha namorada achou ridículo, opinião que depois concordei, rsrs) e “Raso de Mais” dentre outros. Confesso que não me senti atraído por nenhuma frase que criei e plagiei. Daí, passo este trabalho para todos os leitores deste blog e sem mais demoras, vamos pro assunto!

Relacionamentos humanos são por definição complexos. Portanto, qualquer tentativa minha de abordar esse tema aqui está sujeita a superficialidade e, juntando a minha inexperiência em escrever, até a chateação. No entanto, entendo que há um modo proveitoso de encarar esse fato: refletindo apenas no “como” temos convivido uns com os outros dentro da nossa “família da fé”. Esse é o objetivo deste post. Para que ninguém se perca, estou utilizando a palavra convívio como sinônimo de relacionamento.

Em casa, na igreja, nos encontramos poucas vezes. Reuniões de oração e estudo de Eclesiastes nas quartas-feiras a partir das 19:30h, domingo as 9h na escola bíblica dominical e culto a noite (19h). De vez em quando nos vemos aos sábados na nossa casa e nos demais dias da semana marcamos um outro encontro nela, as famosas e longas reuniões de conselho, mesa diaconal e sociedades internas. Resumindo, ficamos pouco tempo juntos debaixo do teto da igreja. Esse é um ponto.

Outro ponto está nas grandes, médias e pequenas diferenças de personalidade entre nós, os irmãos. Ou seja, as semelhanças são geralmente poucas e quanto menos semelhantes somos, mais distantes ficamos uns dos outros. Essa é a tendência. Creio que se não fosse pelo Espírito Santo e por aquilo que nos uni, Cristo Jesus, estaríamos nos degladiando, tipo “Ton e Jerry” (existem ambientes de trabalho que são precisamente assim e infelizmente existem também igrejas). Graças ao nosso bondoso e misericordioso Deus desfrutamos de uma irmandade. Foi Ele quem criou a Igreja e é Ele quem a sustenta [Efésios 2.11-22]!

Além de convivermos pouco, além de nossas diferenças de personalidade, precisamos entender, num certo sentido, que a igreja, nossa casa, “é um lugar onde se reúnem pecadores”. Mas pecadores “em santificação”. Pensando assim teremos um entendimento equilibrado sobre tudo aquilo que acontece nos relacionamentos dentro da igreja, partindo de um ponto de vista teológico. Em outras palavras, ainda não estamos no céu. A realidade de nossos relacionamentos ainda é marcada pelo pecado e devemos sempre ter esse ensino em nossas mentes. Devemos também trabalhar lidando com a igreja real, essa onde habitam moradores em santificação, mas tendo como alvo a Igreja ideal, a Igreja pela qual o Senhor Jesus orou em João 17 e que temos o compromisso de batalharmos por ela. Como cultivar relacionamentos fortes e profundos se ainda estou sujeito ao erro?

Por tudo isso, necessitamos perdoar e sermos perdoados, porque ainda erramos. Então eu preciso te fazer uma pergunta sem querer invadir a sua privacidade: Você já perdoou o seu irmão? O que é o perdão bíblico? Você já orou a Deus Pai para que Ele o ajude nessa difícil atitude? “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;... Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens {as suas ofensas}, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6. 12, 14 e 15). Tente responder a essas perguntas. Há muito do que falar sobre isso e não cabe aqui neste post argumentar mais, talvez em outra ocasião.

Enfim, como temos convivido? E o nosso tempo e personalidade... como ficam? Bem, apenas faça uma reflexão juntamente com todas essas. Espero que você se sinta aconchegado dentro de nossa casa e que ao convidarmos outros para estarem nela, possamos fazer com que eles sintam esse mesmo sentimento que precisa haver em nós, os filhos de Deus.

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