segunda-feira, 26 de julho de 2010

As parábolas de Jesus: parábola dos talentos (parte 1 de 2)


Mateus 25.14-30 (NVI):

14 “E também será como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. 15 A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. 16 O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. 17 Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois. 18 Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.


19 “Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. 20 O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco’.


21 “O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’


22 “Veio também o que tinha recebido dois talentos e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois’.


23“O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’


24 “Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. 25 Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence’.


26 “O senhor respondeu: ‘Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei? 27 Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.


28 “ ‘Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. 29 Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 E lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes’.


A parábola dos talentos é uma das parábolas mais célebres de Jesus, mas, apesar de muito famosa, quando lemos o início do primeiro versículo dessa parábola (v. 14 — “E também será como”), já nos surge a primeira indagação: a quê Jesus compara essa parábola?


A resposta a esta pergunta está no início deste capítulo: “O Reino dos céus” (Mateus 25.1). Com essa parábola Jesus quer nos mostrar como as coisas funcionam no Reino dos céus, comparando cada pessoa a um servo e Deus a um senhor.


São várias as lições envolvidas nesta parábola e neste post e no seguinte consideraremos algumas delas.



1. Cada cristão possui dons em quantidades diferentes


O que a maioria dos cristãos já sabe é que cada crente possui diferentes dons: há aqueles que têm o dom do ensino; outros, o dom de servir; alguns, o dom de exercer liderança e assim por diante.


Mas o que muitos ignoram é que os dons concedidos aos cristãos não só diferem em qualidade (tipos), mas também em quantidade. Por exemplo: dentro do grupo dos que têm o dom de ensinar, há aqueles que transmitem melhor os ensinamentos do que outros.


Isso pode ser visto nesta parábola na primeira parte do v. 15: “A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um”. Deus, assim como o senhor da parábola, confere diferentes quantidades de talentos (dons) a cada cristão: há alguns Deus concede uma quantidade maior de dons (os de cinco talentos) e existem outros a quem foram dados uma menor porção de dom (os de dois talentos e de um talento).


Além disso, os dons que Deus concede a alguém são proporcionais ao que a pessoa é capaz de realizar: “A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade” (v. 15).


Pode ser que alguém considere Deus injusto por não dar a todos a mesma quantidade de talentos, mas recorramos a outra parábola, registrada em Mateus 20.1-16, na qual Deus é comparado a um proprietário de uma vinha, dando a seguinte resposta a quem o considera injusto: “Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?” (Mateus 20.15).



2. Todo dom é extremamente valioso, ainda que em quantidade pequena


Na época de Jesus o talento era uma quantidade monetária que equivalia a 6000 denários. Um denário, por sua vez, era o valor pago a um trabalhador por um dia de serviço.


Assim, o senhor da parábola, quando entregou ao terceiro servo “apenas” um talento, ele lhe confiara o valor correspondente a 6000 dias de trabalho. Nos nossos dias isso equivaleria a mais de R$ 100.000,00, tomando por base o dinheiro ganho em 6000 dias de trabalho por alguém que recebe um salário mínimo.


Dessa forma, mesmo que o dom que você possui seja pequeno aos seus olhos, exerça-o, lembrando que aquilo que Deus lhe concedeu não é algo sem valor, mas é extremamente precioso!


Continua no PRÓXIMO POST!

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