terça-feira, 3 de agosto de 2010

As parábolas de Jesus: parábola dos talentos (parte 2 de 2)


Este texto é uma continuação do POST ANTERIOR.

3. Todo cristão deve trabalhar com o seu talento/dom


Jesus nos mostra qual deve ser o nosso comportamento em relação a Deus. Devemos trabalhar arduamente e fazer render o nosso talento, o nosso dom. É isso o que os dois primeiros servos fizeram: tão logo o seu senhor partiu em viagem, eles “imediatamente” (v. 16 e 17) arregaçaram as mangas e fizeram valer a confiança neles depositada.


Não devemos perder tempo. Temos de trabalhar arduamente! Devemos imitar os dois primeiros servos: eles são o nosso exemplo nessa parábola. Todo cristão deve produzir frutos: “Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda para que dê mais fruto ainda.” (João 15.2)



4. Todo crente haverá de prestar contas pelo que fez com o que lhe foi concedido por Deus


Nós haveremos de prestar contas pelos nossos atos — é o que a Bíblia nos diz em Eclesiastes 12.13b-14: “Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o dever de todo homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau.”


Nessa parábola, essa lição é especificada no versículo 19: “Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles”. Todos os três servos tiveram de prestar contas ao senhor do dinheiro a eles confiado. Nós também teremos de prestar contas a Deus dos nossos atos e da forma como usamos os nossos dons. Lembre-se disso!


Assim, temos de ter a atitude dos dois servos, que não perderam tempo, pois não sabiam quando seu senhor voltaria. Nós também não podemos negligenciar os nossos dons para usarmos somente depois de terminarmos o ensino médio, a faculdade, de construir nossa casa ou após casarmos. Não sabemos quando estaremos diante de Deus, por isso devemos vigiar e trabalhar! Essa não é a lição somente dessa parábola, mas dos textos que a cercam: capítulos 24 e 25 de Mateus.


Àqueles que foram fieis a resposta de Deus será: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (v. 21, 23).


Por outro lado, às pessoas que nada produziram para a glória de Deus (por não serem salvas), Deus lhes dirá: “Lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (v. 30).



5. À medida que usamos nossos dons, eles se desenvolvem, ou melhor, Deus faz com que se desenvolvam


Qual foi o resultado do esforço diligente dos dois primeiros servos? Foi o reconhecimento do seu senhor, conforme já vimos nos versículos 21 e 23.


Mas, além disso, o senhor lhes confiou uma maior quantidade de talentos, segundo os próprios versículos 21 e 23 (“você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito”). Tal ensino é ainda melhor retratado no verso 29: “a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade”.


Isso nos mostra que Deus recompensa aqueles que são fieis, concedendo-lhes o aumento dos seus dons para que tenham resultados ainda maiores, assim como o agricultor que poda os ramos para que eles produzam em profusão — “Todo ramo que, estando em mim, (…) dá fruto ele poda para que dê mais fruto ainda.” (João 15.2).


Essa verdade deve nos estimular ao trabalho, principalmente àqueles que possuem dons pequenos, pois é certo de que se eles trabalharem arduamente seus dons serão incrementados!



Para finalizar este estudo da parábola, você já se perguntou por que há três servos retratados nesta parábola, em vez de apenas dois? Se houvesse apenas dois (o de cinco talentos e o de um) a parábola já não seria compreensível, com diversos ensinamentos? Penso que sim! Então por que há o servo com dois talentos? Creio que Jesus quer nos mostrar que mesmo que tenhamos poucos talentos quando comparados com outras pessoas, devemos usá-los integralmente, sem nos guiarmos pela inveja para com aqueles que são mais “talentosos” que nós, nem pelo comodismo ou preguiça, por não estarmos em tanta evidência.


Que apliquemos essas lições aprendidas (ou relembradas) às nossas vidas!



Obras consultadas para este estudo:

CHEUNG, Vincent. As parábolas de Jesus. 1. ed. Brasília - DF: Editora Monergismo, 2010. 120 p. (contém comentários sobre ALGUMAS parábolas de Jesus. Link para este livro no site da editora AQUI!)

KISTEMAKER, Simon J. As parábolas de Jesus. 2. ed. São Paulo - SP: Editora Cultura Cristã, 2002. (contém comentários sobre TODAS as parábolas de Jesus. Link para este livro no site da editora AQUI!)

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