segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nossa ignorância nos incapacita

"Os desafios do antiteísmo e do islamismo radical não podiam advir em momento pior para a Igreja, porque a maioria dos cristãos não entende aquilo em que crê, por que crê, nem por que essa crença é importante. Como se pode praticar o cristianismo se ele não é compreendido? E como ele pode ser apresentado na sua verdadeira natureza de paz, liberdade e alegria? Como os céticos hão de entender os aspectos positivos do cristianismo?

Tragicamente, a cultura pós-moderna infectou e debilitou a Igreja, em especial no Ocidente. A Espanha, no passado o país mais católico da Europa, passou a figurar, no curso de uma geração, entre os mais secularizados. Um recente relatório entre os bispos espanhóis culpa diretamente o ensino herético sobre a natureza de Cristo e sua obra expiatória. Da mesma forma, quando perguntei a um amigo padre por que a filiação às igrejas estava diminuindo tão depressa numa Irlanda outrora tão rigidamente católica, ele respondeu: 'Porque os padres não pregam o evangelho'.

[...]

Os cristãos precisam compreender que a fé é mais que uma religião ou mesmo um relacionamento com Jesus. A fé é uma visão completa do mundo e do lugar da humanidade nele. O cristianismo é uma mundividência que diz respeito a todas as áreas da vida, e suas doutrinas fundamentais definem seu conteúdo. Se não conhecemos aquilo em que cremos - nem mesmo o que vem a ser o cristianismo -, como vivenciá-lo e defendê-lo? Nossa ignorância nos incapacita."


Fonte: Charles Colson e Horold Fickett. A Fé em tempos pós-modernos. Editora Vida, p. 33,35, 2009.

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