O pastor M. Driscoll expõe alguns mitos, entendimentos errados, sobre o significado do perdão cristão. Talvez você tenha alguns desses mitos. Assista!
segunda-feira, 25 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
Um Deus que está contra nós em ira e, ao mesmo tempo, nos ama?

"Propiciação é o ato pelo qual alguém (neste caso, Deus) se torna propício, ou seja, favorável. Propiciação é o ato sacrificial pelo qual alguém se torna favorável.
No paganismo antigo, a propiciação operava assim. Havia muitos deuses em vários domínios (deus do mar, deus/deusa da fertilidade, deus da fala, deus da guerra, etc.) que eram um tanto caprichosos e irascíveis. O seu dever consistia em torná-los propícios (favoráveis) a você. Por exemplo, se você queria fazer uma viagem marítima, devia assegurar-se de que o deus do mar, Netuno, era favorável, por oferecer-lhe um sacrifício propiciatório na esperança de que ele lhe daria uma travessia segura. Portanto, o objeto do sacrifício propiciatório era o próprio deus, e o propósito era tornar esse deus propício.
A expiação, por contraste, tem o alvo de cancelar o pecado. A expiação é o ato sacrificial pelo qual o pecado é cancelado, removido, expiado. O objeto da expiação é o pecado. Por contraste, o objeto da propiciação, como já vimos, é Deus. A expiação se refere a cancelar o pecado, e a propiciação se refere a satisfazer ou afastar a ira de Deus. A palavra específica usada em Romanos 3.25 é empregado comumente no Antigo Testamento para fazer referência a um sacrifício propiciatório que remove a ira de Deus.
[...]
Na propiciação pagã, um ser humano oferece um sacrifício propiciatório para tornar um deus propício. Na propiciação cristã, Deus, o Pai, apresenta Jesus como a propiciação para tornar-se ele mesmo propício. Deus é tanto o sujeito quanto o objeto da propiciação. Deus é aquele que provê o sacrifício precisamente como um meio de afastar sua própria ira. Deus, o Pai, é assim o propiciador e o propiciado; e Deus, o Filho, é a propiciação.
[...]
A ação de Deus em oferecer a Cristo como um sacrifício propiciatório não é um exemplo de "abuso infantil cósmico", em que Deus surra o seu próprio filho. [ver Rm 5.6-8]. Deus prova o seu amor em que Cristo morreu por nós. Você não deve pensar que Deus está contra nós enquanto Cristo é por nós, como se o Pai e o Filho estivessem, de algum modo, em conflito, de modo que o Pai abusa do seu Filho. Deus mostra seu amor por enviar Cristo. Isso está envolvido na própria natureza e mistério da encarnação e da Trindade. É o plano do Deus trino. Perder o Filho magoa o Pai, mas ele faz isso porque nos ama. E o Filho demonstra seu amor por nós por ouvir e conformar-se ao maravilhoso plano de seu Pai. Assim, o plano do Deus trino é realizado para que a justiça de Deus seja garantida e preservada na virtude do fato de que Cristo toma o nosso pecado e os justos padrões de Deus são preservados, enquanto permanecemos livres e recebemos perdão. Deus mostra a sua justiça na cruz.
Você quer ver a maior evidência do amor de Deus? Olhe para a cruz. Você quer ver a maior evidência a justiça de Deus? Vá à cruz. Na cruz, a misericórdia e a ira se encontram. A santidade e a paz se beijam. A cruz é o clímax da história da redenção.
[...]
Você crê? Ou está entre os milhões que começam a vislumbrar o que a cruz significa e rejeitam todo o seu relato como escandaloso? Um Deus vivo que morre e vive novamente? Um Deus que está contra nós em ira e, ao mesmo tempo, nos ama? Uma cruz em que a punição é aplicada por Deus e recebida por Deus? Escandaloso!
E o que você fará quando prestar contas a Deus no último dia e lhe disser que leu este capítulo ou ouviu esta mensagem e rejeitou-a?"
Fonte: D. A. Carson. Escândalo: a cruz e a ressurreição de Jesus. FIEL, p. 63,64,68,72,73,74. 2011.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
A quem você serve com o "seu" dom?

A igreja é uma instituição muitas vezes complicada, difícil de lidar internamente. Isso porque são múltiplos os pecados que assolam os seus membros e que as vezes "parecem" não ter solução, dada a insistência dos mesmos em continuarem pecando e do desgaste emocional que eles causam aos outros irmãos. Geralmente, tais dificuldades estão mais relacionadas com o mal uso dos dons de liderança (pastores, presbíteros e diáconos) e dos dons musicais ligados à área de louvor. Por isso, acredito que muitos desses problemas podem ser melhor tratados se a igreja aprender a manter uma perspectiva correta sobre o uso dos dons do Espírito.
O texto abaixo sintetiza e expressa aquilo que é essencial para a boa administração da graça de Deus em suas múltiplas formas:
Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros (1Pe 4.10a, NVI)
É importante notarmos 3 coisas nessa passagem:
1) O dom ou o talento que temos NÃO é nosso. Nós não produzimos o dom que temos e muito menos pastor ungido ou apóstolo de oração "forte" pode concedê-lo ao cristão. Recebemos os dons pelo Espírito, o qual soberanamente os distribui (1Co 12.11). Assim, o dom é dado e, portanto, o crente possui algo que pertence ao seu Senhor. Em vez de dizermos "Eu tenho o dom para isso ou aquilo", devemos corrigir essa idéia "servocêntrica" e então dizermos: "Deus me deu o dom de...". Essa linguagem é melhor e glorifica mais a Deus. Diante dessa primeira consideração, surge naturalmente a seguinte pergunta: para que eu ganhei o dom?
2) para servir, é o alvo ou o propósito do dom que Deus te deu, caro irmão. Antes da nossa conversão não possuíamos nenhum dom e apenas servíamos aos prazeres da nossa carne, do pecado (Rm 6.17ss). Libertos em Cristo Jesus e servos de sua justiça, passamos a ganhar dons e a servir não mais ao pecado, mas à Deus que nos diz como devemos usar os nossos dons: servindo! Servir significa se doar ou se entregar e a compreensão máxima que podemos adquirir sobre essa ação está no Senhor e Servo Jesus (Is 53 // Mc 10.45 // 1Pe 2.21ss). Pedro diz a igreja que os dons são por ela servidos. Com isso ele elimina toda e qualquer idéia de autoritarismo (os que só sabem mandar), estrelismo (os que querem se mostrar, aparecer de pop star) e inatividade (crente que não trabalha na igreja, descompromissado). O princípio é "receber para servir" e não "sirvo para receber". Mas se servimos, a quem servimos?
3) aos outros. A igreja é um conjunto de servos aos quais o seu Senhor diz: sirvam uns aos outros com aquilo que receberam de mim! Os cristãos devem se ajudar mutuamente, sendo dispenseiros da graça de Deus. Deus nos deu Cristo como Senhor e irmãos para serví-los. Somos assim levados a pensar mais no outro quando tocamos numa equipe de louvor ou ensinamos na escola dominical ou limpamos o banheiro da igreja ou exercemos o presbiterato. É aos outros e não a nós mesmos, e a igreja deve fazer tudo isso pensando unicamente na glória de Deus (1Pe 4.11). Isso exclui do servir motivos interesseiros, egoístas e políticos.
Portanto, a igreja necessita ser constantemente relembrada sobre o seu status de serva. Cristo é o cabeça da igreja e Ele é Senhor, e se Ele é Senhor, nós, os membros, somos servos, súditos. É interessante notar que é exatamente nessa qualidade de escravo que o apóstolo Pedro exorta os cristãos a usarem os seus dons. Mas infelizmente muitos dos problemas da igreja se servem dessa falta de entendimento sobre os dons ou talentos dados pelo Senhor.
sábado, 2 de julho de 2011
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